sábado, 27 de junho de 2009



Não era só a música. Também não era só a dança. Tampouco era só o vídeoclipe. Era o fato de que tudo isso vinha junto e era o mais avançado de sua época. O artista negro americano não era mais um sofredor, passa a ser uma estrela (o que abre caminho pro rapper da atualidade), sem deixar de trazer consigo a herança da música. E não era só o vídeo, mas o vídeo com o efeito especial mais avançado. E a dança. Tá bom, a dança talvez falasse por si só.

O problema é que a música sai de moda; o efeito especial moderno de ontem se torna brincadeira de adolescente em computadores domésticos hoje; e (vide a quantidade crescente de rappers que temos) o que não faltou foi neguinho achando que é estrela no melhor estilo "a última coca-cola do deserto". A dança... bem, a dança continua sendo a dança.

A morte do artista não é triste. Nos dá oportunidade de relembrar e eternizar sua obra. O triste é sua parada. Mas para um artista que já parara faz tempo, a morte não é triste. Triste é o período inativo, em que o artista, seja porque não está em condições, seja porque se encheu de fazer a mesma coisa e não quer manchar sua obra repetindo sempre a mesma fórmula, não produz. Triste foram seus últimos anos.

De toda forma, keep up, momma, don´t stop, don´t stop till you get enough.